terça-feira, 26 de julho de 2016

sugestão musical...

 
 
 

" Urgentemente" ...

 
 
Ondas de frescura...
 
 

Urgentemente

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
é urgente destruir certas palavras.
odio, solidão e crueldade,
alguns lamentos
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
                                                                              Eugénio de Andrade

Arte portuguesa ao ar livre no coração de Nova Iorque

A quinta edição das Summer Night Series, organizada pelo Arte Institute, arranca hoje à noite em Nova Iorque e leva até ao público desta cidade norte-americana música, cinema e performance de artistas portugueses.

Saber mais: https://www.noticiasaominuto.com/cultura

                                                                                                              Fonte: Notícias ao Minuto

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Encontre o seu grande mundo, num grande livro...


Leia sem cessar...



Mia Couto

Resultado de imagem para mia couto


“Eu nasci para estar calado. Minha única vocação é o silêncio. Foi meu pai que me explicou: tenho inclinação para não falar, um talento para apurar silêncios. Escrevo bem, silêncios, no plural. Sim, porque não há um único silêncio. E todo o silêncio é música em estado de gravidez.

Quando me viam, parado e recatado, no meu invisível recanto, eu não estava pasmado. Estava desempenhado, de alma e corpo ocupados: tecia os delicados fios com que se fabrica a quietude. Eu era um afinador de silêncios.”

- Mia Couto, em "Antes de Nascer o Mundo". São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2009.

 

***

De que vale ter voz
se só quando não falo é que me entendem?
De que vale acordar
se o que vivo é menos do que o que sonhei?
(Versos do menino que fazia versos)


- Mia Couto, do conto "O menino que escrevia versos".  em "O fio das missangas". Lisboa: Editorial Caminho, 2003.

 

sugestão musical...



Maria Bethânia canta Fernando Pessoa










segunda-feira, 18 de julho de 2016

Prémio nacional de ilustração 2015, para João Fazenda

 
 
 
 
Dança, de João Fazenda, vence a 20ª. edição do Prémio Nacional de Ilustração.    
 
 
O júri, reunido na tarde do dia 11 de julho na Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio Nacional de Ilustração, referente às obras de 2015, ao conjunto de ilustrações do livro Dança, da autoria de João Fazenda (título e ilustrações), publicado pela editora Pato Lógico. As duas Menções Especiais foram atribuídas às ilustrações da obra Verdade?!, de Bernardo P. Carvalho (título e ilustrações) publicada pela editora Pato Lógico, e às ilustrações de Gato procura-se, de Yara Kono, com texto de Ana Saldanha, editado pela Caminho. 
Para além dos três prémios, o júri destacou ainda, pela qualidade do trabalho apresentado, as obras Eu quero a minha cabeça, de António Jorge Gonçalves (texto e ilustrações), da editora Pato Lógico; A casa do senhor Malaparte, com ilustrações de Mariana Rio e texto de Joana Couceiro, publicada pelo Circo de Ideias Associação Cultural; e Montanhas, de Madalena Matoso (texto e ilustrações), publicado pela Planeta Tangerina.
 

Ler mais:

http://livro.dglab.gov.pt/sites/DGLB/Portugues/noticiasEventos/Paginas/19%C2%BA.-pr%C3%A9mio-nacional-de-ilustra%C3%A7%C3%A3o.aspx

 
                                                               Fonte: Direção Geral do Livro dos Arquivos e das Bibliotecas

quarta-feira, 13 de julho de 2016

O novo Retrato de Portugal, um resumo de indicadores desde 1986 até à atualidade...

EDIÇÃO ESPECIAL 30 ANOS NA UE: o novo Retrato de Portugal, um resumo de indicadores desde 1986 até à atualidade, números que contam a nossa história desde que somos membros da União Europeia. A PORDATA vai publicar ao longo da semana várias infografias sobre os vários temas.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Recordação do 4º Passeio Literário "Passeio pelo Oriente II"


Mais um dia fantástico para juntar às nossas memórias...






NÃO É POSSÍVEL MATAR UM POETA...




Não é possível matar um poeta

os poetas não morrem no caixão.

Que os poetas só morrem

se o não são.



Os poetas não morrem:

- os poetas vêm

e os poetas vão.

Os poetas só serão poetas

quando estão.



Não é possível

liquidar poetas

quando os poetas são.



È por isso que eu digo que os poetas

não morrerão.

- Não é possível

liquidar poetas,

quando os poetas são.

(Também um dia

tu vais ser poeta

meu irmão)



Poetas somos nós

porque aqui estamos

e os outros que não estão

não estarão.



E o mundo   há-de ser nosso.

Poetas,

ser poeta

somos todos.

- Temos o mundo

nas mãos.



Porque os poetas vêm

e os poetas vão.

O mundo é dos poetas

meu irmão.


João Pedro, Poemas Cacimbados, cadernos Lavra& Oficina, União dos escritores de Angola, Luanda, 1989


quarta-feira, 6 de julho de 2016

"Assim, ternura de Lisboa no meio do terror (...)"



CIDADES

Assim, ternura de Lisboa no meio do terror:
O mundo está nublado, mas não aqui,
onde se adensa a tristeza do mundo.
Deixou tanta luz o anjo que voa
para a suspensão da infância
na toca de um canário adormecido?
A língua vive na boca
calcinada pela curva do sol.
Junto do rio ou tejo que fala com a cidade
algo existe de distante implacável
em acontecer o que não acontece.
Como se ata o que sou para mim
com o que não sou para mim?
Aqui me cansa a morte, que nada tem lá dentro,
e pelo meu quarto passeia-se um que usa o meu passado.
Ah, transparência embalada pela
pegada do animal
que procura o encontrado. Dizeres
que velam o que mostram. Lenta
felicidade de ruas contagiadas
pelo que não se espera.
 
Poema de Juan Gelman traduzido por Pedro Tamen

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Um verdadeiro tesouro, para todas as idades...






Agora pequenos e grandes já podem ouvir “O Pequeno Príncipe” na voz de grandes atores brasileiros!
A obra prima de Saint-Exupéry, acompanhada por uma belíssima banda sonora orquestrada, narrada por Marcos Frota e com a participação de Cissa Guimarães, Ney Matogrosso, Paulo Betti, Paulo Cesar Peréio e grande elenco!


O PEQUENO PRÍNCIPE
Baseado na obra de Antoine de Saint-Exupéry

Um aviador e seu avião.
Uma pane no Deserto do Saara.
Um encontro inesperado com um príncipe que veio de outro planeta.
O clássico da literatura interpretado por grandes artistas brasileiros.

Adaptação: Lara Velho
Música: Glauco Fernandes
Direção de Locução: Hélio Ribeiro
Direção Artística: Lara Velho

Com:
Marcos Frota (O Narrador / O Aviador)
e Nino Ottoni (O Pequeno Príncipe)